segunda-feira, 15 de março de 2010

Pés descalços

Sim hoje veio a tão temida conversa e “quizás” o acerto de contas...

Aquilo que me foi inquirido me foi então cobrado, duas escolhas, duas situações e como apresentar uma terceira opção favorável à ambos? Minha criança chorou, eu sempre choro (internamente), mas desta vez deixei que minhas lágrimas assim caíssem sob a sua face, em meio a dor e sofrimento. Não queria que minhas lágrimas caíssem, não quero que um dia estas sejam cobradas dele, afinal que culpa ele tem se FUI EU QUE ENTREI NA VIDA DELE?

Ama, suplico não te leves pelo ódio e pelo tormento de ter visto uma de tuas filhas chorando, não queria, não desejava, sai correndo antes que ele identificasse qualquer dor e motivo das mesmas. Sim elas me esperavam do lado de fora. Corri para o balanço lá elas me falavam de como errei, de como deveria ter agido, MENTIRA, não errei apenas me permiti viver e sem desejar chorei.

Andei descalça sobre a grama gelada, sob a rua quente, sob a terra sangrenta de desejos infantis, sim chorei novamente, queria ter sido apenas abraça, não achei IBISCOS, não tive coragem...

Quase contei da minha ordem, acredito que ele deve saber mais do que necessário, elas me acharam e me seguiram, mas portão sagrado lá ELE estava ao lado da Criança que não as permitiu entrar, fui chamada novamente, mas ELE me trouxe para dentro. Desejei IBISCOS, só tenho rosas e crisântemos, mas será que teria a coragem necessária para IBISCOS?

Ama estas a salvo, ninguém sabe de ti, só aquilo que alguns por conviver conosco sabe, não cobre minhas lágrimas, a Criança não tem culpa. Lavei bem os pés e deitamos...

Te gosto tanto... mentira disse que o AMO. Sim. Faça com que minha criança reflita e o lembre de como sou alguém que vale a pena. Sim temos DIREITO a uma terceira situação.

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