sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Mimos"

Voltando do Templo de compras, o qual estou proibida de ir sozinha, questionei o motivo dele não permitir que certos agrados fossem feitos.

Ele apenas me disse, não posso me acostumar com eles, nunca os tive então prefiro não me acostumar para não sentir falta quando estes não tiverem presentes...

Por um instante quis chorar, por achar que estava fazendo tudo errado, mas me contive. Encontrei palavras certeiras para informar que “mimos” não são contratos, que não são obrigatoriedades.
Fui repreendida por ele, que algumas coisas que não são mimos para mim, sim são para ele e que ele não poderia se dar ao luxo destes... Busquei novas palavras, para declarar que estes cuidados deveriam ser aproveitados e que me entristece muito o fato dele não aceitar os carinhos, de que ele deveria apenas aceita-los, permitir que eles acontecessem de forma natural e se for o caso de um dia elas não mais existirem, ele aproveitasse essa experiência para valorizar, fiz a correção de forma rápida, aproveitasse esses momentos para lembrar com mais carinho e quem sabe em momentos de tristeza lembrar de como esse sentimento é e/ou era agradável
Recebi como resposta: Me parece justo...

No post anterior relatei que estávamos nos aquecendo... sim nos aquecemos bem em sua toca... mas em determinado momento ele pediu carinho em sua marca, em sua Ave por que não Sagrada, já que lhe custou o sangue e suor, ave essa que acho linda. Uma ALBANIAN, águia de duas cabeças... pedi para que ele me contasse mais uma vez por que ele havia escolhido essa marca. Segue o relato (talvez não tão fiel ao que me foi dito, mas tento):

- Estava e estou vivendo um momento muito bom, no trabalho apesar de não apreciá-lo me ajuda em determinados momentos e por estar ao lado de alguém especial, apesar de achar que não há mereço, mas por estar do lado de alguém como vc, especial...

Suspiramos juntos...

Pensei em interrompe-lo, em questionar o motivo dele não me merecer, mas me calei. Apenas pensei...

Será que ele não entende de como ele é especial para mim? De como tenho desejo de ensinar algumas coisas, de auxiliá-lo, de introduzi-lo a um mundo de sonhos e por que não supérfulo... De que sempre existem duas possibilidades, duas escolhas, no mínimo dois caminhos a serem tomados. De quem sabe um dia poder falar dos meus medos e melhor ouvir os anseios e medos que ele deve ter dentro daquela ave. De poder falar e falar sem a preocupação de mascaras ou de medir as palavras, gostaria muito que ele tivesse a certeza que me merece, seja na minha tentativa infantil de cuidá-lo, na minha tentativa ingênua de seduzi-lo e/ou ainda na minha tentativa de fazer com ele “ O que a primavera faz com as cerejeiras”...

Sim gostaria muito de fazer isso, mas será que ele entende o significado real? Fica agora o beneficio da dúvida e a certeza da falta de questionamento e indecisão. Mas o que importa é que estamos “juntos”, da nossa maneira juntos...

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